Kung fu, mais que uma luta

Kung fu, mais que uma luta 

kung-fu-mais-que-uma-luta. O titulo deste video mostra a ideia central por trás de um legado cultural, quando o Patriarca Moy Yat deixa claro que ele nao ensina tecnicas de Kung Fu e sim Kung Fu.

Grão-Mestre Leo Imamura comente sua experiência durante  o aprendizado desta arte marcial chinesa conhecida como Ving Tsun (wing chun) com o Patriarca Moy Yat.

kung-fu-mais-que-uma-luta

 

O Patriarca Moy Yat pode ser considerado o maior propagador do que chamamos de Vida Kung Fu no Ocidente. Como já disse em outro vídeo, quando perguntei o que é Kung Fu, a resposta dele foi direta como um soco de Ving Tsun: Kung Fu é vida. Mas vida pode ser tudo.

Assim, para estudar a vida precisamos de um sistema e, o meu mentor acreditava que o Ving Tsun (wing chun) era o sistema mais apropriado para esse tipo de estudo. É a reflexão sobre a importância da Vida Kung Fu que quero aprofundar com você nesta minha jornada na Vida Kung Fu.

O Patriarca Moy Yat costumava dizer que Vida Kung Fu é a vida que tem o Kung Fu dentro nela. Para encontrar uma vida assim, você precisa ter contato com uma pessoa que estivesse vivendo no campo do Kung Fu por tempo suficiente para que sua vida tenha essa perspectiva. Para ele, o Patriarca Ip Man era o exemplo maior desse tipo de pessoa. Ele dedicou toda uma vida ao Kung Fu.

Tudo que ele fazia era uma expressão do seu Kung Fu. Se alguém tivesse uma chance de acompanhá-lo e de estar em sua vida por um período de tempo, participaria da Vida Kung Fu de Ip Man.

Caso o acompanhasse mais, mais Vida Kung Fu vivenciaria. Meu si fu, certa vez, perguntou: qual Kung Fu um si fu deveria prover, quando tivesse sua própria família?

 

Segundo o Patriarca Moy Yat, o si fu não deveria apenas transmitir técnicas e sim prover aos seus alunos a Vida Kung Fu, compartilhando o que ele experienciou na mesma.

Aliás, devo dizer que o Patriarca Moy Yat sempre recomendava a cada um de nós a passar mais tempo com seu si fu para assim desenvolver cada vez mais o seu kung fu.

Agora, um ponto tem que ficar bem claro aqui, este si fu, instrutor, mestre, – não importa o nome que você queira dar, tem que ter a qualificação necessária para tal.

Vou ler aqui uma passagem de uma das palestras do Patriarca Moy Yat: “Essa capacidade de dedicar algum tempo para conviver conosco pode ser chamada Vida Kung Fu, o que é bastante útil.

Desta forma, no futuro, quando surgir uma oportunidade para nos ajudar a desenvolver a arte, você estará em condições de fazê-lo.” Um exemplo que o Patriarca Moy Yat costumava usar era a diferença, no futuro, entre uma pessoa que apenas aprendesse as técnicas, enquanto outra convivesse com seu si fu e aprendesse tudo por meio da Vida Kung Fu. Para ele, a pessoa que tinha vindo apenas para aprender técnicas de luta, nunca alcançaria seu intento, pois não saberá como fazer o melhor uso delas.

Por outro lado, a pessoa que simplesmente veio, conviveu e tudo que aprendeu foi por meio da Vida Kung Fu, o Kung Fu irá surgir por inteiro, de pronto, no caso de ele precisar realizar algo. Ao concluir uma de suas famosas palestras sobre Vida Kung Fu o Patriarca Moy Yat disse: “Assim, se você for inteligente o suficiente, você compreenderá cada vez mais o assunto e respeitará a Vida Kung Fu”.

 

 

 

plugins premium WordPress